26 maio 2012

Opinion | Do estilo e de como nem todas somos Miroslavas



Esta mítica frase, de Yves Saint Laurent, foi o mote para o meu último artigo
no pequeno jornal do meu pólo universitário.
Sempre acreditei que, mais importante do que ser uma montra de marcas e de tendências,
é a beleza de cada uma de nós ter o seu próprio estilo, a sua forma de ver a moda.
Num mundo acelerado, em que por todo o lado florescem it girls, há que ter a cabeça fria
e dizer: "Bem, posso não ser uma Miroslava, mas olho ao espelho de manhã e sinto-me EU!".
E isso é que é realmente o mais importante!
Podem criticar, apontar, chamar parolo ou exagerado, ou dizer que somos pãezinhos sem sal,
mas, ao fim e ao cabo, quem se veste bem, veste bem!
Tão simples quanto isso.
Seja extravagante, gótica, clássica ou romântica!
Style comes in every shape.
Bem, e aqui fica a reflexão:

 
"Esta rubrica, tanto quanto me lembro, foi sempre um local de reflexão sobre moda. Mas, em todas as edições – as que escrevi e também as que apenas li – nunca houve um momento em que se falasse exclusivamente de estilo. Pois bem, eis que chegou o dia! Afinal, que rubrica de moda se pode esquecer de que é o je ne sais quois de cada um que dita se uma roupa, um acessório ou uns sapatos arrasarão?

Existem várias definições para “estilo”. Pessoalmente, a que mais me satisfaz é a que o define como a capacidade de se transmitir a personalidade através do que se veste. Sabem aquelas pessoas que, vistam o que vistam, ficam sempre bem? Pois bem, essas pessoas são o exponente máximo do “estilo”. São irritantes, muitas vezes. Porque conseguem acabar de acordar, sacudir o cabelo, vestir uns jeans e uma t-shirt do namorado, calçar uns stilettos e arrasar. (Já agora, qualquer mulher deveria ter um par de stilettos, faz um bem desgraçado ao ego, nem que seja só para usar em festas).

Felizmente, não temos de ser deusas irrepreensíveis para sairmos à rua sentindo-nos bem. 
O primeiro passo, seguramente, é vestir algo no qual nos sintamos confortáveis
Não adianta usar uns saltos de 15cm, se temos medo de partir uma perna a cada passo, nem usar o “corte de cabelo da moda”, se não tivermos paciência para o cuidar. Há sobretudo que descomplicar. 
O segundo passo é correr riscos
experimentar, vestir as roupas do avesso, brincar em frente ao espelho. 
O terceiro é descobrirmos do que gostamos
Termos a capacidade de entrar numa loja e sabermos exactamente o que procuramos. 
Finalmente, o quarto e mais importante é gostarmos de nós e da imagem que transparecemos aos outros
Tentarmos ser o que não somos, usar esta cor ou aquele corte porque a Vogue disse que era in, está fora de questão. Não se importem de usar o out, se for aquilo que mais gostam. 
Afinal, o out de hoje, pode vir a ser o hot de amanhã...
E vocês terão sido avant garde e, acima de tudo, fiéis ao vosso estilo. 

Afinal, como dizia Yves Saint Laurent “fashion fades, style is eternal”." 
in Haja Saúde, por Nádia Sepúlveda

9 comentários:

  1. Adorei todas as tuas palavras. É verdade, o fundamental é sentirmos-nos bem como somos :)

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  2. Cada vez gosto mais de te ler. Estou a ficar com pena de não ter gostado das minhas aulas de Português. Dás lições? :P

    Beijinhos

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    http://www.omeueularanja.com/2012/05/giveaway-knutsy.html

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  3. Não poderia ser mais verdade, se não formos nós próprios, perdemos a identidade no percurso da moda... os mínimos detalhes fazem de nós quem somos. Optimo post!


    http://coquetteaportuguesa.blogspot.pt/

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  4. Adorei o teu artigo Nádia! Acho inútil quem veste uma tendência pelo in e não pelo gosto, pela reflexão da sua personalidade. Expressaste-te muito bem, sem dúvida, não acrescentaria nem mais uma linha. Concordo do princípio ao fim!

    http://ballerinabird.blogspot.com

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  5. adorei!!! Parabens Nadia, esta excelente**

    http://girls-stuff-11.blogspot.pt/

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  6. Adorei o texto e acho que focaste aspectos muito importantes, acho que acima de tudo devemos ser fiéis a nós próprios, aos nossos gostos e corpos! :) Well said :)
    beijinho*

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  7. Gostei mesmo de ler! Concordo tanto com o que disseste, aliás já tinha focado o mesmo assunto no meu blog, e mantenho o mesmo pensamento. Há pessoas que por mais que usem a marca mais in, na peça mais trendy hão-de sempre ficar aquém daquilo que querem mostrar ser, porque aquilo simplesmente não são elas. E vai na volta se vestissem algo que realmente gostam em x de cederem aos caprichos da ultima fashion trend, seriam muito mais marcantes visualmente. Originalidade e uniqueness acima de tudo. Por isso é que eu gosto tanto de seguir blogs de pessoas que são tão diferentes de mim a vestir, porque são pessoas com um estilo único!
    http://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.pt

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  8. Concordo perfeitamente com o que disseste. Para mim, no fim do dia o que interessa é sermos fieis ao que somos, porque afinal só existe uma pessoa certa que vai estar connosco até ao fim dos nossos dias, que somos nós mesmos. E acho que na "moda" não é preciso complicar, basta ser aquilo que somos e vestir-mos aquilo que gostamos, porque quem usa uma coisa que gosta e não algo que esta in irá sempre destacar-se. Existe um à vontade e uma confiança muito diferente que é difícil não se notar em quem se sente à vontade com a sua pele!
    Parabéns pelas tuas palavras!

    InsideStyling

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